terça-feira, 13 de novembro de 2012

Chile é um dos principais emissores de turistas para o Brasil



O Brasil possui uma cordial relação com o Chile e a presença de turistas chilenos será ainda mais intensa com a proximidade da Copa do Mundo FIFA 2014. Segundo dados do Ministério do Turismo (MTur) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em 2011, eles somaram 217 mil. O número foi 8% superior a 2010. No ranking geral, ocupa a 6ª posição de nacionalidades que visitam o Brasil e é a terceira entre as da América do Sul.
O Chile tem 17 milhões de habitante. As principais cidades do Chile são a capital, Santiago do Chile, além de Concepción, Puente, Vina del Mar, Valparaiso, Talcahuano, Antofagasta. No item relações comerciais, dados de 2010 da Embratur mostram que o Chile é o 10º maior parceiro do Brasil.
Perfil e motivos de viagem dos chilenos ao Brasil
A composição dos turistas chilenos que vêm ao Brasil apresentam percentuais interessantes e mostram a oscilação de visitantes sozinhos ou em família. No primeiro caso, em 2011, eles representaram 28,1%, enquanto o segundo foi de 28,9%.
Em 2011, o sexo masculino representava 60% dos visitantes chilenos no Brasil, contra 39,1% de mulheres. No quesito faixa etária, lideram os turistas com idades entre 32 e 40 anos (27%), seguido pelos que têm entre 25 e 31 anos (22,8%); de 41 a 50 anos (21%); de 51 a 59 anos (12,1%); de 18 a 24 anos (10%); e com 60 anos ou mais (7,1%).
O bom grau de instrução dos chilenos que visitam ao Brasil é representativo – 54,6% tinham ensino superior, 30% eram pós-graduados e 14,5% tinham ensino médio. Apenas 0,7% tinham ensino fundamental e apenas 0,2% dos visitantes não tinham educação formal.
Já a renda média mensal dos chilenos sofreu avanços nos últimos anos. Em 2005, a renda familiar era de US$ 3.7 mil e a individual de US$ 2,6 mil. Passados seis anos, em 2011, a renda familiar registrou aumento e saltou para US$ 4,9 mil, enquanto a individual era de US$ 3,4 mil.
Os dados demonstram, portanto, que o nível de instrução dos turistas, assim como a renda média mensal, são altos. Isso pode significar maior exigência e conhecimento dos serviços oferecidos pelos estabelecimentos brasileiros, por isso é importante qualificação.
Do total de chilenos que visitaram o Brasil em 2011, 57,3% foram motivados por lazer. Desses, 71,3% buscaram sol e praia e 16,8%, natureza, ecoturismo ou aventura. A permanência média foi de 9,1 dias; e gastaram, em média, US$ 71,70 por dia. Interessante destacar que nos anos de 2004 e 2007 o número de chilenos motivados por lazer apresentaram percentuais maiores, com 58,2% e 62,9% respectivamente.
Negócios, eventos e convenções, assim como outros motivos também representam percentual significativo de visitas ao Brasil. No primeiro caso, em 2011, eles totalizaram 27,7%, já no segundo foi de 15%.
Rio de Janeiro e Santa Catarina são os destinos preferidos dos chilenos
Em 2011, a capital carioca e Armação dos Búzios, no estado do Rio de Janeiro, foram os destinos preferidos pelos chilenos que vieram ao Brasil para lazer, com 32,8% e 27%, respectivamente. Posteriormente, Balneário Camboriú, com 20,7%, e Florianópolis, 10,8%, ambas em Santa Catarina; e, por fim, São Paulo, com 9,9%.
No quesito negócios, eventos e convenções a cidade de São Paulo liderou com 53,9%, tendo como segundo colocada Rio de Janeiro com 20,4%. Logo atrás, Curitiba (PR), com 4,4%; Porto Alegre (RS), com 3,8%; e Campinas (SP), com 3,1%. São Paulo e Rio de Janeiro também foram cidades visitadas por outros motivos com 30,2% e 21,3% respectivamente, seguidas por Porto Alegre com 6,4%, Curitiba com 5% e Belo Horizonte 4,5%.
Hotel, flat ou pousada são os preferidos dos chilenos
Quando o turista chileno vem ao Brasil a grande maioria, seja sozinho, seja em família, opta por hotel, flat ou pousada. Em 2011, essa opção atingiu um percentual de 70,5% dos 217 mil visitantes. Em 2005, o número de chilenos que optavam pela hospedagem em hotel, flat ou pousada foi de 80,2%, quase 10% superior se comparado a 2011. As informações estão no estudo da Demanda Turística Internacional 2005 – 2011, do MTur e da Fipe.
Bem menos representativa está a escolha por ficar em casa de amigos, que em 2011 atingiu 16,6%. Mas em 2009, este tipo de alojamento foi o mais representativo, com 19,1%. Como terceira opção estão camping ou albergue, que em 2004 representava 1,8% e em 2011 mais que dobrou para 4%.
Turistas chilenos gastam US$ 71 por dia com lazer 
Seja a lazer, seja a negócios, o fato é que o chileno precisa gastar com hospedagem, alimentação, transporte e diversão. No Brasil, os 217 mil turistas daquele País que passaram por aqui deixaram, em 2011, US$ 71,70 por dia com lazer. Este valor é bem menor do que o gasto por aqueles que vieram a negócios, eventos e convenções, que gastaram US$ 170.
O estudo da Demanda Turística Internacional 2005 – 2011 mostra que a média de gastos nos sete anos esteve numa crescente. Em 2005, US$ 32,10; 2006, US$ 51,30; 2007, US$ 60,85; 2008, US$ 58,84%; 2009, US$ 65,98; e 2010, US$ 69,29.
A permanência média no Brasil dos chilenos, em 2011, para lazer foi de 9,1 dias. Este número está abaixo do registrados em anos anteriores, como 2005, em que a média foi de 13,5 dias; em 2006, de 11,3 dias; e em 2007, de 10,4 dias.
Chilenos organizam viagem pela Internet
Dos 217 mil turistas que visitaram o Brasil em 2011, a maioria (38,8%) revelou que a principal forma de organização de uma viagem foi com a ajuda da Internet. Dicas de amigos e parentes também são importantes para 21,8% dos chilenos que visitaram alguma cidade brasileira. A opção agência de viagens registrou percentual de 17,7%. Também são referência viagem corporativa (17,3%), guias turísticos impressos (1,8%) e feiras, eventos e congressos (0,7%).
Com isso, manter um site, um blog ou mesmo as redes sociais atualizadas, com informações detalhadas dos serviços oferecidos pelo estabelecimento, pode fazer toda a diferença no momento de atrair a atenção dos turistas, em especial, estrangeiros. Oferecer o conteúdo em mais de um idioma, como espanhol e inglês, é fundamental.
Nos anos de 2005 e 2006, a maior parte dos visitantes chilenos seguiam dicas de amigos e parentes. Em 2005, representava 39,2%, enquanto que a Internet era utilizada por 20,4%. Apenas em 2007 houve a inversão com a Internet na liderança.
Avaliação dos serviços
A avaliação dos turistas chilenos é bastante positiva. No quesito infraestrutura, em 2011, foram registrados os seguintes percentuais de avaliação: limpeza pública (80,1%), segurança pública (87,9%), serviço de táxi (88,1%), transporte público (85%), telecomunicações (66,1%), sinalização turística (73,9%).
A infraestrutura turística em 2011 registrou os seguintes percentuais: aeroporto (66,5%), rodovias (72,6%), restaurante (95,4%), alojamento (91,8%) e diversão noturna (93,5%). Os serviços turísticos em 2011: guias de turismo (87,8%), informação turística (85,9%), hospitalidade (97,8%), gastronomia (95,3%) e preços (45,7%).
Sebrae 2014

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